O homem do pôr do sol, de Antenor Antônio
ISBN: 978-85-92788-09-4
Formato: 12 x 18 cm
Número de páginas: 194
Ano de lançamento: 2018
Gênero: Literatura brasileira, poesia
Projeto gráfico e arte capa: Carlos H. C. Gonçalves
Texto de apresentação
Escrito por Antenor Antônio ou, como se autoproclama, pelo “maior poeta da América Latina… quiçá do Brás”, O homem do pôr do sol é uma narrativa poética sobre o amor. Não se basta em si mesmo como um relicário de lembranças e tais. É uma provocação pela descoberta ou revisão desse sentimento que leva o autor a um embate consigo mesmo.
O pôr do sol aparece como força simbólica, metáfora de um homem envelhecido que sofre com a desilusão amorosa. “Um homem que vê o fim se aproximar e se agarra a um discurso de prestação de contas que o levou a apostar em uma catarse dos enganos cometidos: medos, incertezas, sombras…”.
Logo de início o autor adverte: “Este é um livro escrito para ninguém”. Contudo, é justamente o contrário. Ele é escrito a todos aqueles que procuram um sentido maior nas relações interpessoais. E um convite a também travar esse embate.
Três poemas do livro
No quarto vazio, o silêncio me olha
Não me indisponho contra ele
O silêncio é muito poderoso
Sei de minhas frágeis forças testadas em
caminhos de pedra
Com a derrota e com o prêmio ao meu vencedor
No quarto vazio, o silêncio me olha.
Silêncio, vem refugiar-se comigo
Sem tormento.
Lá fora passa o vento.
* * *
Somos os inconcebíveis herdeiros de um nada.
Para desenhar o perfil de um homem
Foi criado um Deus – nosso pai
Que eternamente se esconde
Onde?
As luzes iluminam horizontes intermináveis
O infinito apenas começa ali.
O Aqui tem correntes de aço a prender nossos braços
Como com Prometeu.
Ser criança é a ilusão de um dia
Pular o muro, mentir e trair alguém
Roubar fruta do conde
E dizer que foi o vizinho.
* * *
Foi também lido
Eu espanto o silêncio
De meu ouvido.
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