pelos caminhos e pedra onde jazem a poesia
Nenhuma flor como essa flor
que se sabe no jardim
orquídea impossível da
realidade
o poeta fumegante
essência clara viril
e clichê
seu corpo casas bahia
seu tenro corpo manso seu
sem tempo fluido
coração submarino
em que rangem um ou dois poemas
existindo em perpétua e furiosa mudez.
hoje eu vou ficar em casa
Ou talvez meus longos bigodes já ressecados
cansados de pensar sobre si mesmos saiam para dançar onde se escondem
leopardos maciços
e os filhotes
do
meu
desejo.
Macaio Poetônio nasceu em 1990 na Pauliceia, sob o signo do centauro e filho de Murilo e Roberto. É um dos fundadores do portal de literatura Poesia Primata e da Editora Primata, nos quais exerce as funções de editor e de diagramador. Por meio da última, publicou as plaquetes noturno (2014) e seu cadáver estava repleto de mundo (2015), e o livro de poemas Os bares do Estado (2016).