sobre o mar de cabedelo, poema de Severino Figueiredo

A distinção
do peso-tábua
d’uma canoa
pro aço pátrio
de um cargueiro

Se este acolhe
ferro e centeio
Na outra a fome
do mês inteiro

Em contramão
o casco feio
de um cargueiro
e o tronco sujo
d’uma canoa

Na proa a bronha
das oito horas
Nas tábuas homem
filho e patroa

Severino Figueiredo escreve em Triste, mas curto e mora em Cabedelo-PB, seu ateliê.